domingo, 22 de março de 2009
A distancia...
O medico também me disse pra eu evitar ficar sozinha, mas adoro curtir meus momentos de solidão, longe de tudo, menos do Ton.
Tenho evitado coisas que me levam a deseja-lo, vinho, que eu amo, café, que não sei ficar sem, e tentar resolver problemas sem conversar com uma pessoa, o Ton sempre me dá respostas tão claras sobre meus dilemas...
Mas ele está acabando comigo!!!!!!
*o medico que está me apoiando, acredita que devo ter algum trauma de infancia relacionado a mamadeira, xupeta, coisas que bebês levam a boca... Sugeriu regressão... Depois me chamam de louca...
segunda-feira, 15 de setembro de 2008
Começando
Era verão de 96, trabalhava como guarda-vidas num parque aquático, me sentia a propria Pamela Anderson, mas a responsabilidade era grande.
A noite tinha sido difícil, meu inimigo imaginário, vamos chama-lo de Ton, resolveu conversar sobre assuntos que eu não queria dar atenção.
Lembro que cheguei atrasada, nesse dia havia uma reunião importante em que a pauta era acidentes, meu supervisor me aguardava na porta do vestiário, foi tudo muito estranho, mas as coisas ficaram bem, bem até demais.
Segui para o meu posto, era o que eu mais detestava, o Kamikase(uma queda de mais de
Entre apitos, rádios e normas de segurança sempre estão os que teimam em burlar e se arriscar ignorando as probalidades de acidente.
Entre um banhista e outro, Ton apareceu, tirou completamente a minha atenção, de repente ele me fez perceber alternativas que em muito me agradavam, fiquei dispersa por alguns segundos, o suficiente para duas pessoas tentarem se divertir com riscos, quando percebi, estava rebocando uma mulher pelos cabelos, foi tudo muito rápido, e graças a deus era uma mulher de cabelos soltos, o namorado desceu em segurança.
Enquanto, quase esterica, dizia a ela tudo que poderia ter acontecido, da minha responsabilidade, percebi o Ton por perto, com um sorriso que me irritava, mas que também me aliviava.
Naquele dia preferi mudar de setor, ele só era dado aos melhores e eu estava entre eles, mas não me sentia assim, confesso que nunca mais consegui nem testa-lo como fazia todas as manhãs.
Ali começava uma fase de negação e dependência, a sensação de segurança que o Ton me passava era impressionante, não sabia mais viver sem ele.
domingo, 14 de setembro de 2008
Do imaginário para a realidade...
Quando o percebi como um inimigo já era quase que real, tudo estava dentro da minha imaginação, o real e o imaginário se confundiram, onde estava meu maior inimigo??? Simbolizado em minhas melhores lembranças, bastava reaviva-las e lá estava ele, tentando tornar tudo aquilo imaginação e fazer-se real em minha vida.
Não tinha mais como negar, eu criei meu inimigo, eu alimentei meu inimigo, eu dei as armas pra que meu inimigo as usasse contra mim, e eu ali, desarmada, vulneravel.
Só eu o vejo, só eu sei como age, mas não sei como dete-lo.
Entranhado em minha mente, que lateja sua presença dia após dia, sempre com um sorriso e por vezes bem cruel quando o sorriso é meu.